sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Naquilo em que te tornaste

Respiras falsidade a cada momento, tresandas ao ódio por tudo que te rodeia, vês simples e verdadeiro e falas falso por trás, sem vergonha alguma. Nessa maneira de ser, onde cada sorriso pede algo em troca, procuras agressivamente ultrapassar aquilo que te supera, contornando os obstáculos, desviando-te deles, de tão cobarde que te tornaste.
Utilizas aqueles que te rodeiam de forma objetiva, de modo severo, para atingires os fins. Enganas, atraiçoas, usas e abusas dos meros peões que te aparecem para chegaras a um falso rei, proclamado sem razão.
Nesse teu universo contrafeito, paralelo, irrealizado, onde julgas ser o centro de tudo que se passa a tua volta, procuras sem fim, acabar com uma sede insaciável, tentas obter o máximo de opiniões subjetivas, que tu as consideras fundamentais, para te sentires melhor, aumentando o teu enorme ego e interiormente tentares achar que és importante, revelando a todos, expondo-te descaradamente, como uma pessoa que necessita de atenção, todas as opiniões interesseiras sobre a tua pessoa.
Ainda não percebeste que, quantas mais bocas o teu nome andar, mais sujo esse se torna, fazendo com que todo esse processo para te sentires melhor, tenha um resultado diferente. Não falta muito para te tornares naquilo que já maior parte divulga, podendo até nem ser verdade tal informação.
Um dia, estarás coberto de lágrimas, sem ideia do que se passou, e nesse momento, estarei triste por ter tido razão.
Espalhas sentimentos sem os sentires, enganas quem te protege por aquilo que não presta. Toda essa tua magia que tu tinhas, aquele sorriso único por te ver, foi sendo destruído, degradando-se a cada mentira que disparas.

Coleccionas intrigas pelo caminho que percorres, daqueles que te enfrentam, atacando lhes cobardemente pelas costas com facas afiadas sedentas de mentira. Escolheste o caminho mais fácil, aquele que não é preciso um esforço, o mais simples de realizar, Optaste por ser inconsciente.
Mas aí predomina a tua necessidade de ser o centro do universo, aos teus olhos julgas estar a agir correctamente, divulgas em praça pública os esforços que nunca fizeste, as metas que nunca alcançaste, corrompes a verdade aos olhos alheios, fazendo de ti uma pessoa que não és.
Tentas ser uma pessoa que nunca chegaras a ser, pois todos os dias, antes de dar o ultimo fechar de olhos, chegas sempre a conclusão daquilo que realmente és, do quanto impuro te tornaste. Mas não o aceitas, finges que não se passa nada e tentas encantar quem não te conhece verdadeiramente. Admito, caí no teu encanto e usaste-me para conseguires o que querias. Quando te apercebeste que não me poderias utilizar mais, abandonaste-me.
Hoje, sei a tua verdade.

2 comentários:

  1. Olá Letícia. Antes de mais queria agradecer-te pelo facto de me teres dado o privilégio de pode aceder a esta escrita tão profunda. Creio que um artista pode ter muita técnica, mas nunca existirá como tal se não tiver uma grande sensibilidade para as coisas. E julgo que, nesse ponto, foste abençoada como uma grande dose. Assim, poderás ser uma artísta, qualquer que seja a faceta em que a arte se pode manifestar. Gostei muito. Parabens! Ass: Tomás

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    1. Olá Tomás. Não tem que agradecer, não me custou nada a partilhar isto consigo, pois sem dúvida tem sido uma pessoa a ajudar-me imenso. A escrita nunca a irei deixar, esta anda sempre comigo, mesmo que esteja meses sem escrever ela está comigo. Agradeço-lhe imenso pelo seu comentário, sem dúvida é dos mais importantes que aqui poderia receber sem dúvida alguma. Mais alguma vez um muito obrigada! :')

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